“Dosis sola facit venenum.” Paracelsus, 1538

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um belo tom bronzeado

O Verão está a chegar, mas como já está calor nada melhor que adquirir um tom bronzeado que dá estilo. Nada melhor que chegar às aulas na segunda-feira e mostrar o bronze adquirido no fim-de-semana. E que trabalheira isso provoca! Estar todo o dia na praia principalmente às horas de maior calor e talvez apanhar grandes escaldões na pele. A pele é o nosso maior órgão porque cobre todo o nosso corpo e tem memória, ou seja qualquer lesão que ela sofra vai ficar registado e pode vir a ter consequências mais tarde nomeadamente cancro da pele. O corpo humano possui dois mecanismos naturais e eficazes contra as agressões solares, mas precisa de tempo para os pôr a funcionar em pleno. Por um lado, o organismo reage produzindo melanina, um pigmento que funciona como um “chapéu” que protege o núcleo das células e tem a capacidade de absorver as radiações ultravioletas emitidas pelo sol. É da acção da melanina que resulta a cor bronzeada. Para além disso, o contacto gradual com a luz solar produz um espessamento da pele, tornando-a mais resistente. No entanto, devemos proteger a nossa pele dos malefícios do sol e uma das formas de o fazer é através da utilização dos protectores solares. Os protectores são produtos que apresentam um Factor de Protecção Solar (SPF, na sigla inglesa) associado. O SPF é classificado numa escala que vai de “6” a “50”. Estes valores traduzem a capacidade do produto em proteger dos raios UVB. Relativamente aos UVA, é indicado na embalagem se confere ou não protecção. Existem dois tipos principais de protector solar, em função do modo como exercem essa protecção: - Químicos – Absorvem e convertem a radiação em calor, são cosmeticamente mais agradáveis mas podem desencadear reacções alérgicas em indivíduos susceptíveis. - Físicos ou minerais – Reflectem a radiação, não sendo absorvidos pela pele; são cosmeticamente menos agradáveis mas não geram sensibilidade cutânea. Especialmente indicados em crianças e peles intolerantes. Na escolha do protector a usar devem ser tidos em conta os seguintes aspectos: a idade do utilizador, o tipo de pele, o índice ultravioleta, a resistência à água e a protecção contra os UVB e os UVA. Conhecer o tipo de pele (fototipo) e a reacção à radiação solar é fundamental para encontrar o SPF adequado. São seis os fototipos existentes: I – Cabelos ruivos, sardas, olhos verdes ou azuis – pele muito sensível, queima-se facilmente e raramente se bronzeia; II – Tez, cabelos e olhos claros – pele sensível, queima-se com facilidade e bronzeia-se minimamente; III – Cabelo e olhos castanhos – pele com alguma sensibilidade, queima-se por vezes e adquire um bronzeado discreto; IV – Tez morena, cabelos e olhos escuros – bronzeia-se com facilidade e raramente se queima; V – Pele, cabelos e olhos muito escuros – insensível ao sol, bronzeia-se facilmente e raramente se queima; VI – Pele, cabelos e olhos negros – insensível ao sol, é muito pigmentada e nunca se queima.
Estando protegidos e atendendo às horas a que estamos expostos, podemos usufruir da praia! Provavelmente não estaremos tão bronzeados mas para além do perigo já referido não teremos uma pele envelhecida precocemente.

O que é o HPV?

HPV é a sigla de Human Papillomavirus ou, em Português, Vírus do Papiloma Humano. A infecção por HPV (Papilomavirus Humano ou virus do papiloma humano) é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns nos adolescentes e adultos jovens com prevalências que podem atingir os 50%. A infecção por HPV é frequente nos jovens sexualmente activos de ambos os sexos e de todas as etnias em particular nas idades entre os 16 até aos 25 anos de idade. Este vírus foi já encontrado em locais como: olhos, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, recto e uretra. Idade precoce da primeira relação sexual e a existência de múltiplos parceiros são factores de risco bem aceites. Hábitos tabágicos, uso de contraceptivos orais, presença de doenças venéreas, algumas deficiências nutricionais e raça/etnia, têm também sido descritos como factores de risco para o cancro do colo uterino. A prevenção da doença pode ser feita através da vacinação. Por essa razão, em 27 de Outubro de 2008 a vacina contra as infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV) entrou no Programa Nacional de Vacinação e é efectuada gratuitamente iniciando-se com as nascidas em 1995.A vacinação universal de rotina com a vacina HPV tem como objectivo a prevenção de infecções por vírus do papiloma humano (lesões genitais pré-cancerosas, cancro do colo do útero e verrugas genitais externas) e a diminuição, a longo prazo, da incidência do cancro do colo do útero. Referências: http://www.arscentro.min-saude.pt/SaudePublica/Material/Paginas/VacinaHPV.aspx http://www.sppv.org/hpv.html

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Embaixadores da Saúde (4)

Na passada quarta-feira (11 de Maio) realizou-se mais uma reunião entre a Equipa de Saúde Escolar e os Embaixadores da Saúde da nossa escola.
Na fase inicial, a Dr.ª Anabela Falcão falou do encontro entre Embaixadores da Saúde de várias escolas do concelho de Almada, que se irá realizar no início de Junho, em data ainda a confirmar, tendo sido acertados alguns pormenores sobre a forma como a nossa escola se fará representar nesse encontro.

O tema de saúde pública escolhido para dominar a segunda parte da intervenção da médica, pertinente face à aproximação do Verão e das férias, foi a excessiva exposição à radiação solar e os perigos daí resultantes. Da intervenção, merece destaque a constatação que, uma vez que a máxima potência solar (medida no solo) por metro quadrado de superfície corresponde também à máxima recepção, pelo planeta, de radiação ultravioleta, e que isso acontece nas horas em que (devido ao movimento de rotação da Terra) a altura aparente da estrela é maior (horas próximas do meio-dia solar), devemos evitar expor-nos ao Sol nas horas em que a nossa sombra, no chão, é menor que a nossa altura.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O café faz mal à saúde?

O café é uma bebida que se obtém fazendo passar água quente por sementes secas, torradas e moídas (processo que em Química se designa por “separação por solvente” ou “extracção”), a maioria das quais, de uma planta que se pensa ser originária da Abissínia e que foi posteriormente cultivada em todas as regiões tropicais, denominada cafeeiro. Trata-se de um arbusto de folhas persistentes que produz uns pequenos frutos carnudos, de cor roxa, púrpura ou amarela (conforme as espécies), contendo cada um deles duas sementes, envoltas (cada uma delas) numa casca semi-rígida, transparente, que protege o grão (verde) de café.
A bebida começou a ser consumida no mundo Árabe, por volta no século XII, tendo-se popularizado no Egipto e na Pérsia já em meados do século XV. Logo no início do Século XVI foi proibida em alguns países (por alegadamente ser prejudicial à saúde) tendo tal proibição levado a algumas revoltas populares. Foi nessa época que, primeiro, os Italianos e depois os portugueses, os espanhóis e os holandeses, a difundiram pela Europa e pelo mundo. Hoje, partilha com o chá, o título de bebida mais disseminada no mundo.
Actualmente o Brasil produz mais de um terço dos quase oito milhões de toneladas de café que se consomem no mundo. Os países nórdicos são os maiores consumidores per capita, sendo a Finlândia o maior consumidor mundial com cerca de 12 kg por ano, por pessoa, seguem-se: a Noruega, com 10 kg; a Islândia e a Dinamarca, com 9 kg. Apesar de o café se poder beber gelado (ou simplesmente frio, tal como o chá), os países mais quentes são mais modestos no consumo, por exemplo, cada brasileiro consome cerca de 5,5 kg de café por ano, e cada português cerca de 3,9 kg.
O café é uma mistura complexa de mais de mil substâncias químicas diferentes (nas quais se incluem: hidratos de carbono, proteínas, lípidos, sais minerais, vitaminas, outros compostos nitrogenados (além das proteínas), ácidos clorogénicos, alcalóides e polifenóis), com as mais variadas propriedades e todas (com excepção da água, que representa 99,4% da bebida) em quantidades muito pequenas. A mais abundante dessas substâncias é a cafeína. Uma chávena de café (conforme a dimensão da mesma, o tipo de café e o modo de preparação) contém entre 60 e 150 mg de cafeína, sendo habitualmente considerado o valor médio de 100 mg por cada “bica”.
A ideia de que o café é prejudicial à saúde é um dos mitos mais difundidos na nossa sociedade (mesmo entre a classe médica). De facto, durante várias décadas, o balanço entre os malefícios e os benefícios (principalmente) da cafeína foram alvo de disputa na comunidade científica. Hoje, sabemos (tal como já tinha referido Paracelsus há quase quinhentos anos) que o “veneno não está na substância, está na dose”, isto é, qualquer substância pode ser benéfica ou maléfica consoante a quantidade (e a frequência com que) ingerimos. Múltiplos estudos, dos quais resultaram mais de 30 mil publicações em revistas científicas, permitem-nos concluir que o consumo de 3 a 6 chávenas de café por dia é benéfico na prevenção: da Diabetes (principalmente a de tipo 2); da doença de Parkinson; da doença de Alzheimer; e de doenças do fígado, como o carcinoma hepatocelular (vulgo cancro do fígado), a cirrose alcoólica e a fibrose. Associados ao consumo do café, dada a sua acção estimulante do Sistema Nervoso Central, estão também: o aumento da atenção, da concentração e da rapidez de reflexos, e a redução da tendência depressiva causada pelo consumo de opiáceos, nicotina ou álcool. São também reconhecidos os efeitos redutores da fadiga muscular, do café.
Como possíveis "malefícios" associados ao café, mais concretamente ao consumo de doses diárias elevadas de cafeína [substância que se encontra em muitos alimentos, principalmente: no café, nalguns chás (nomeadamente o preto, o branco e o verde), no cacau, no guaraná, na Coca-Cola (e similares) e na maioria das “bebidas energéticas”] está a dependência desta, que se pode manifestar, na sua ausência, por sonolência, dificuldade de concentração e dores de cabeça. Em pessoas não habituadas ao consumo de cafeína, a sua ingestão pode provocar, ou aumentar, a intensidade e/ou a frequência de arritmias, bem como uma elevação da pressão arterial (vulgo “tensão”), sintomas que desaparecem ao fim de alguns dias de toma. É totalmente contra-indicado o consumo de café e de outras bebidas fortemente ácidas a doentes com úlceras de estômago. É aconselhada a redução ou suspensão do consumo de café durante a gravidez e o aleitamento pois doses de cafeína relativamente baixas (e portanto benéficas) para o adulto podem ser bastante altas (e portanto prejudiciais) para os bebés. Também nas crianças, o consumo de cafeína deve ser muito comedido.
Não há qualquer estudo científico credível que aponte o café como causa ou agravamento de qualquer patologia cardiovascular.
Em jeito de conclusão, podemos dizer que, pesando os prós e os contras, o café (bebido com moderação), contrariamente ao que muita gente pensa, é uma bebida recomendável à generalidade da população adulta.
Referências: N.º 0 de “O Quebra Mitos”, boletim de notícias da ARSLVT, da autoria do Professor Doutor António Vaz Carneiro, Director do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, da FMUL; Entrevista do Farmacêutico e Professor Universitário, Mestre António Hipólito de Aguiar, ao boletim “Café e Saúde”; Entrevista do Professor Doutor João Gorjão Clara, Chefe de Serviço de Medicina Interna e Consultor de Cardiologia do Hospital Polido Valente; Artigo da Harvard Medical School.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Iogurtes há muitos, seus palermas

A Danone foi apanhada no “velho truque” da publicidade enganosa. A Federal Trade Commission (FTC), autoridade reguladora norte-americana para a protecção dos consumidores, afirma que não existe evidência científica de que o iogurte Activia contribua para regular o trânsito intestinal, contrariamente ao que a Danone publicita. A polémica arrastou-se durante algum tempo mas não foi necessário recorrer ao tribunal para resolver a contenda, dado que as partes chegaram a um acordo. A Danone assumiu o compromisso de pagar 21 milhões de dólares, a distribuir por 39 Estados norte-americanos (aqueles onde o anúncio ao produto alegava benefícios à regulação do trânsito intestinal) e de alterar a publicidade ao produto (falando agora de melhoria do conforto intestinal e da sensação de barriga inchada). Um responsável pelas relações públicas da companhia aproveitou, no entanto, para afirmar que “milhões de pessoas acreditam firmemente no benefício de usufruir do produto", insistindo que "a Danone vai continuar a investigar, educar e divulgar as vantagens no consumo de ‘probióticos’ para os sistemas digestivo e imunológico.”
Ficamos esclarecidos. Os propagandeados benefícios do Activia, na regulação do trânsito intestinal, só se fazem sentir se neles acreditarmos firmemente, são como o alegado “aquecimento global antropogénico”, questões de fé, não de ciência.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A sexualidade

Ainda que existam na natureza, nalgumas espécies, casos de reprodução assexuada (extremamente raros nos animais, um pouco mais vulgares nas plantas), a generalidade das espécies, desde os insectos aos animais, desenvolveu um instinto sexual extremamente forte, que envolve comportamentos que “consomem” tempo e enormes quantidades de energia. Tal instinto, só parece justificar-se por permitir o fundamento da vida – a continuação da espécie.

Em seres biologicamente inferiores, como os insectos, os peixes ou os répteis, o instinto sexual resume-se ao acto, em si. Mas à medida que percorremos as espécies, rumo às superiores, observamos um instinto sexual mais abrangente, que se vai iniciando muito antes e não se esgota na prática pura e simples do acto sexual, com a criação de relações/laços cada vez mais fortes entre os parceiros sexuais. O Homem, enquanto espécie superior (dispõe do mais evoluído sistema nervoso, o que faz dele o mais capaz de se adaptar a um determinado meio e simultaneamente, o mais capaz de alterar esse meio de acordo com as suas necessidades), não podia deixar de deter o mais complexo instinto sexual, estabelecendo as mais fortes relações afectivas com o seu parceiro.

E para que servem estes laços? Nas espécies inferiores, além de o instinto sexual se resumir à prática do acto, como referi acima, também os cuidados com os filhos (regra geral) cessam no momento do nascimento destes (tendo eles que se desenrascarem por si próprios desde o primeiro momento pós-natal), mas nas espécies superiores, pelo menos um dos progenitores (normalmente a fêmea) cuida e protege os filhotes durante os primeiros tempos de vida. Nas espécies de topo, ambos os progenitores reservam para si o direito de cuidar dos filhos, estendendo-o (regra geral) tanto mais no tempo, quanto mais evoluída é a espécie, pois as crias carecem de cuidados mais complexos. Estes laços, criados através de um evoluído instinto sexual, servem, portanto, para uma escolha criteriosa do parceiro e para fortalecerem a relação que, do ponto de vista da evolução da espécie, se deseja o mais duradoura possível.

Nas últimas décadas, por um lado devido a alguns métodos de contracepção e por outro devido às técnicas de reprodução assistida, sexo e reprodução aparecem, nos humanos (mas não só), um pouco mais dissociados. No entanto, um instinto sexual evoluído, isto é, que não se esgota (nem perto disso) na prática exclusiva do sexo, é indissociável da nossa condição humana e permanecerá connosco enquanto existirmos como a mais superior das espécies.

É ao conjunto de atitudes, comportamentos, impulsos, reacções, cumplicidades, que constituem o todo do instinto sexual humano e que se prolonga por toda a nossa vida, que chamamos sexualidade.

Esta sexualidade surge, por vezes, de forma incompleta: nalgumas, sobretudo na adolescência, sem a componente do impulso fisiológico (o chamado “amor platónico”); noutras, apenas com essa componente fisiológica, que conduz, dependendo dos indivíduos, à masturbação, ao sexo com um parceiro casual ou ao sexo pago (a primeira preferível às restantes, pois não envolve rico de contrair doenças sexualmente transmissíveis). Mas, dada a complexidade da nossa espécie, este “sexo pelo sexo” não é, na generalidade dos casos, sobretudo quando nos tornamos adultos, completamente satisfatório em termos psico-afectivos, nem perto disso, pelo que, a vivência de uma sexualidade plena implica o estabelecer de fortes relações afectivas com um parceiro sexual que connosco partilhe bem mais que alguns momentos de simples acto sexual.

Em resumo, a sexualidade humana apresenta duas funções: por um lado, o instinto básico que permite a reprodução; por outro, a criação de laços fortes e duradouros, entre os dois parceiros sexuais, susceptíveis de permitirem a partilha mútua da vida e de possibilitarem a protecção e a transmissão de valores, aos filhos, por parte de ambos os progenitores.

Referências: “Encenações e comportamentos sexuais: Para uma psicologia social da sexualidade” de Valentim Rodrigues Alferes; “Relações Afectivas e Saúde Mental” de Maria Cristina Sousa Canavarro; “Human Development” de Diane E. Papalia, Sally W. Olds e Ruth D. Feldman.

terça-feira, 26 de abril de 2011

As TAC de corpo inteiro

Nos últimos anos têm aparecido em jornais de grande circulação, assim como em revistas “médicas”, anúncios a convidarem as pessoas para fazerem voluntariamente uma Tomografia Axial Computorizada (TAC) de corpo inteiro como medida de rastreio do cancro. De facto, o diagnóstico precoce ajuda à cura ou, quando esta não é possível, à minimização dos efeitos de doenças complexas, como os cancros. No entanto, este tipo de exame não é inócuo e não deve ser efectuado sem conselho médico, dados os riscos (não despicientes) que comporta para o paciente. Vejamos: quando se faz um teste para detectar uma doença, não existindo sintomas (doença assintomática), ou existindo pequenos sintomas que não permitem ter uma ideia clara da possível doença, podem acontecer quatro situações: o teste é “positivo” e o doente tem a doença (chama-se a isto um verdadeiro positivo); o teste é “positivo” mas o doente não está efectivamente doente (falso positivo); o teste é “negativo” (ou normal) mas o paciente está efectivamente doente (falso negativo); finalmente, o teste é “negativo” e a pessoa não está doente (verdadeiro negativo). Ora, sobretudo na segunda situação, de falso positivo, de longe a situação mais frequente dos “falsos”, e infelizmente não tão rara como seria desejável, origina pedidos de novos testes, aumentando as preocupações, ansiedades e angústias dos doentes, causando muitas vezes problemas psíquicos, e gastando desnecessariamente recursos económicos escassos. No caso concreto do rastreio por TAC de corpo inteiro em indivíduos assintomáticos, a exposição a doses relativamente elevadas de radiação ionizante, entre 500 a 1000 vezes maiores que a de uma vulgar radiografia (raio X) ao tórax, acrescida das doses (possíveis) associadas a novos testes é factor de risco acrescido de doença, sendo muitas vezes desnecessária e por isso desaconselhada. Em conclusão, são de evitar exames de rotina complexos, normalmente bastante caros, como a TAC de corpo inteiro, em doentes sem quaisquer sintomas ou com sintomas comuns a muitas doenças banais, sem prévio aconselhamento e prescrição pelo médico. Referência: Artigo da Harvard Medical School

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Embaixadores da Saúde (3)

No passado dia 4 de Abril realizou-se, no auditório da escola, mais uma reunião entre os Embaixadores da Saúde e a Equipa de Saúde Escolar. A assistência, desta vez menos numerosa do que tem sido habitual, ouviu a Dr.ª Anabela Falcão questioná-la sobre qual tem sido o papel de cada um enquanto Embaixador da Saúde. Seguidamente, os presentes foram instados a reflectir sobre como é possível passar da informação à mudança de comportamento.

Posteriormente, falou-se dos perigos associados ao consumo de álcool e drogas e, por arrastamento, nos acidentes, que nos países desenvolvidos são a primeira causa de morte entre os jovens. A Dr.ª Anabela Falcão enfatizou que o que define o alcoolismo não é a embriaguez (que pode ser ocasional) mas sim a dependência do álcool.

A próxima reunião com os Embaixadores da Saúde ocorrerá no próximo dia 11 de Março, pelas 10:05.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata

Este é um dos ditados populares mais ouvidos em Portugal, sobretudo nas regiões do interior do país. É, no entanto, como muitos outros ditos populares, um mito. Como facilmente se percebe, a frase relaciona hipotéticos benefícios ou riscos da ingestão das laranjas com o momento do dia em isso ocorre. Diz-nos que comer laranjas pela manhã é mais benéfico (ouro) e que esse benefício vai diminuindo ao longo do dia (à tarde, prata) tornando-se um alimento perigoso se ingerido depois do pôr-do-sol (à noite mata). A origem da frase é desconhecida, sabendo-se, contudo, que já era popular no século XIX, tendo, nos últimos anos ganho grande difusão com o advento da Internet (a frase (do título) apresenta mais de 7 mil ocorrências no Google). Não existe, no entanto, qualquer estudo científico que confirme esta hipótese. As laranjas são ricas em vitaminas (principalmente a C), em pectinas e em açúcares, devendo fazer parte de uma alimentação equilibrada, rica em frutas e vegetais. Além de prevenirem contra doenças causadas por falta de vitamina C (como o escorbuto, ou a perda de consistência dos vasos sanguíneos), contribuem (tal como outros citrinos) para a diminuição da “pedra” nos rins (doença designada por nefrolitíase). Em conclusão, podemos e devemos consumir laranjas (e outras frutas, preferencialmente alaranjadas, rosadas ou vermelhas) regularmente, independentemente da refeição (e hora do dia) a que isso ocorra. E já que falamos de mitos e de vitamina C, aproveito para informar que não há estudos científicos credíveis que provem que a ingestão de vitamina C possa contribuir para a cura ou para a prevenção tanto de gripes como de constipações. Este é também um mito bastante difundido.

Referência: N.º 1 de “O Quebra Mitos”, boletim de notícias da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo I. P., cujo autor é o Professor Doutor António Vaz Carneiro

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Concurso para criação do logótipo do gabinete

O Gabinete de Apoio ao Aluno (GAA) está a promover um concurso para a criação do logótipo, que passará a ser o símbolo identificativo do mesmo. Qualquer aluno da Escola Secundária de Cacilhas-Tejo pode participar no concurso.
Se estás interessado em concorrer (individualmente ou em grupo) dirige-te ao GAA (sala B06) ou pede uma ficha de inscrição ao teu Director de Turma/Mediador, preenche-a e entrega-a ao mesmo até ao dia 29 de Abril (sexta-feira da primeira semana de aulas após a interrupção da Páscoa).

Os trabalhos têm de ser entregues até ao dia 29 de Maio, em suporte de papel (formato A4) no GAA, ou enviados (em formato digital) para o endereço de email pescacilhastejo@gmail.com.

Para mais informações consulta aqui o Regulamento do Concurso.