A palavra ciência deriva do latim “scientia” que significa conhecimento. No entanto, nestes quase seis mil anos de civilização juntámos tantos conhecimentos que hoje é habitual distinguirmos dois tipos: o senso comum, forma de conhecimento mais simples, adquirido facilmente pela observação ou transmitido (normalmente) oralmente pelos mais velhos; e o conhecimento científico, que ainda que seja tão antigo como a própria humanidade é mais elaborado e pressupõe uma forma de o adquirir, através de uma sequência de procedimentos, conhecida por Método Científico.
A autoria
é do filósofo francês René Descartes, no livro “Discurso do Método” publicado
pela primeira vez na Holanda em 1637 mas que só se tornou conhecido no meio
académico após a sua tradução para o latim em 1656. Sendo o livro em causa um
tratado matemático e filosófico é, no entanto, possível resumir o Método
Cientifico proposto por Descartes em quatro etapas relativamente simples de
compreender:
1-
Observação - a compreensão dos fenómenos que ocorrem a nossa volta só é
possível com uma observação minuciosa e exaustiva dos mesmos;
2-
Hipótese – com o conjunto de observações, medições, cálculos etc. e com a
preciosa intuição do cientista, é possível propor uma explicação para o
fenómeno;
3-
Experimentação – é agora necessária imaginação e engenho para pensar e executar
experiências que confirmem a hipótese proposta, em linguagem moderna, a busca
da evidência (para avançarmos para o ponto 4). Se a(s) experiência(s) não confirma(m)
a hipótese há que reformulá-la ou admitir outra hipótese;
4-
Conclusão ou Tese – As evidências recolhidas na etapa três são vastas e parecem
deixar poucas dúvidas quanto à validade da hipótese, temos então uma Teoria (ou
um pequeno pedaço de uma longa teoria) – Em alternativa, passam muitos anos,
centenas ou milhares de experimentações são realizadas e todas confirmam a
hipótese, neste caso, temos uma Lei.
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